Hoje vai sair daqui um post muito desinteressante! - estou a brincar!
Sou licenciada em Comunicação Social e o meu sonho sempre foi trabalhar na área. No entanto, mesmo depois do meu estágio na TVI - que, devo dizer-vos, foi o ponto alto da minha vida até agora - fiquei pela Primark. Trabalhava lá há quase dois anos quando decidi arriscar na Emirates. A minha vida nesse momento não passava pela melhor fase e confesso que me inscrevi online só com o intuito de ver como era. Afinal, eu nem nunca andei de avião na minha vida.
A Emirates tem um portal online onde podemos criar um perfil. Nesse perfil, basta seleccionar a opção que permite receber as datas e locais dos Open Days. Open Days são os dias em que a Emirates vem a uma cidade e faz o recrutamento. E o próximo calhava mesmo num dia em que eu estava de folga. Decidi ir. Lembro-me de ficar a dormir na casa de uma amiga em Lisboa. Saí do trabalho em Coimbra e fui logo pra casa dela. Nessa noite, mal consegui dormir. Acordámos cedo e a Inês fez-me um coque pra combinar com o meu outfit formal. Por toda a internet encontramos exemplos de como devemos vestir-nos para comparecer no OD. Convém tentar respeitar os parâmetros. Se pensarmos bem sobre isso, só vai ajudar a que os recrutadores vejam como ficaremos de uniforme.
Aí fui eu, então, super nervosa. Cheguei à garagem do Hotel Sheraton às nove menos cinco e já havia uma fila enorme que ia avançando muuuuito devagar. E eu lá, completamente sozinha. À minha frente estava uma rapariga com os pais, que a apaparicavam de 5 em 5 minutos. O pai ajeitava-lhe a camisa e a mãe punha-lhe blush cor de rosa que - sejamos sinceras - não a favorecia. E eu sem ninguém pra me ajeitar! Na fila vi pessoas altas, baixas, de calças de ganga, de vestido, de sandálias de enfiar no dedo...
Finalmente passámos todo o Hotel e chegámos a uma sala enorme onde me apercebi que estavam cerca de 300 pessoas. A rapariga ao meu lado, uma loira mega gira, fazia-me pensar que, na verdade, eu não estava lá a fazer nada. Foi aí que comecei a enviar mensagens ao meu namorado a questionar o que estava eu a fazer ali. Acho que ele acreditava mais em mim do que eu - ou então só fingia, pra que eu não ficasse tão preocupada.
O primeiro passo era preencher um questionário e ir em fila entregá-lo juntamente com o currículo em Inglês, depois faziam-nos uma pergunta sobre o que liam na parte da frente e mandavam-nos embora. Logo ali pensei "Pronto, já fui!". Nessa primeira fase, só passaram cerca de metade das pessoas. E eu - uff - passei! Neste ponto, davam-nos números e dividiam-nos em grupos de 24/25 por ordem numérica. Eu fui o número 9. Logo, fiquei no primeiro grupo.
Segunda fase, cada grupo se sentava numa roda e faziam outros grupos de 3. A cada grupo de 3 era dado um cartão com uma profissão, tudo em inglês. Éra-nos pedido que debatessemos entre nós três características que achassemos que alguém dessa profissão devesse ter e explicar porquê. O debate acontecia ao mesmo tempo, enquanto cada uma das recrutadoras tomava notas ao que cada um dizia e nos pedia, que falassemos em inglês, novamente. 10 minutos. Foi o tempo que nos deram e começámos a apresentar. Depressa me apercebi que o que realmente era avaliado era a atenção e postura que cada um de nós tinha quando os outros grupos estavam a falar. Acenei com a cabeça, ri-me das piadas e mantive-me de perna cruzada e mãos no colo. Passei, novamente.
Na fase seguinte fizemos então o teste de altura e foi-nos perguntado se tínhamos tatuagens, cicatrizes ou marcas visíveis. Depois, novamente a roda, desta vez com metade das pessoas da fase anterior. O exercício era muito mais complexo e, desta vez, era suposto debatermos todos juntos e não só em grupos de 3, o que torna tudo muito mais difícil. Imaginar-me a mim, a querer falar e ao mesmo tempo sem saber o que dizer, se estaria a falar em demasia ou pouquíssimo. No final, e como a recrutadora entendeu que não chegávamos a nenhuma conclusão, fez algumas perguntas a pessoas do grupo. Quando ela olhou pra mim quase estremeci. Tentei explicar a situação que era suposta, mas sem concordar com nada do que estava a dizer. Simplesmente, seria mais simples explicar pelo ponto de vista com que eu não concordava, e imaginar o outro lado da questão. Aí, mais uma vez, achava que tinha metido os pés pelas mãos e ficado pelo caminho, mas não. Voltaram a colocar o meu número afixado na porta da sala. YEY!!!
Última fase, um teste escrito de inglês. Confesso que sempre adorei testes de inglês e acho bastante mais fácil a interpretação e expressão escrita do que a expressão oral - se calhar é vergonha! Já se fazia tarde, trabalhava no dia seguinte e só queria voltar pra Coimbra. Mas lá fiz o teste e, tal como disse anteriormente, apesar de cansada, foi o que mais me deixou confortável. Teste feito, passei de novo.
Neste momento, verifiquei que das 300 iniciais, tinhamos passado 27 - ou 29. Trouxémos uns formulários pra casa e ficámos de preencher um questionário online.
A minha entrevista final era dali a dois dias.
No dia seguinte, trabalhava na Primark, e ainda havia tanto pra fazer...
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outfit open day |
Finalmente passámos todo o Hotel e chegámos a uma sala enorme onde me apercebi que estavam cerca de 300 pessoas. A rapariga ao meu lado, uma loira mega gira, fazia-me pensar que, na verdade, eu não estava lá a fazer nada. Foi aí que comecei a enviar mensagens ao meu namorado a questionar o que estava eu a fazer ali. Acho que ele acreditava mais em mim do que eu - ou então só fingia, pra que eu não ficasse tão preocupada.
O primeiro passo era preencher um questionário e ir em fila entregá-lo juntamente com o currículo em Inglês, depois faziam-nos uma pergunta sobre o que liam na parte da frente e mandavam-nos embora. Logo ali pensei "Pronto, já fui!". Nessa primeira fase, só passaram cerca de metade das pessoas. E eu - uff - passei! Neste ponto, davam-nos números e dividiam-nos em grupos de 24/25 por ordem numérica. Eu fui o número 9. Logo, fiquei no primeiro grupo.
Segunda fase, cada grupo se sentava numa roda e faziam outros grupos de 3. A cada grupo de 3 era dado um cartão com uma profissão, tudo em inglês. Éra-nos pedido que debatessemos entre nós três características que achassemos que alguém dessa profissão devesse ter e explicar porquê. O debate acontecia ao mesmo tempo, enquanto cada uma das recrutadoras tomava notas ao que cada um dizia e nos pedia, que falassemos em inglês, novamente. 10 minutos. Foi o tempo que nos deram e começámos a apresentar. Depressa me apercebi que o que realmente era avaliado era a atenção e postura que cada um de nós tinha quando os outros grupos estavam a falar. Acenei com a cabeça, ri-me das piadas e mantive-me de perna cruzada e mãos no colo. Passei, novamente.
Na fase seguinte fizemos então o teste de altura e foi-nos perguntado se tínhamos tatuagens, cicatrizes ou marcas visíveis. Depois, novamente a roda, desta vez com metade das pessoas da fase anterior. O exercício era muito mais complexo e, desta vez, era suposto debatermos todos juntos e não só em grupos de 3, o que torna tudo muito mais difícil. Imaginar-me a mim, a querer falar e ao mesmo tempo sem saber o que dizer, se estaria a falar em demasia ou pouquíssimo. No final, e como a recrutadora entendeu que não chegávamos a nenhuma conclusão, fez algumas perguntas a pessoas do grupo. Quando ela olhou pra mim quase estremeci. Tentei explicar a situação que era suposta, mas sem concordar com nada do que estava a dizer. Simplesmente, seria mais simples explicar pelo ponto de vista com que eu não concordava, e imaginar o outro lado da questão. Aí, mais uma vez, achava que tinha metido os pés pelas mãos e ficado pelo caminho, mas não. Voltaram a colocar o meu número afixado na porta da sala. YEY!!!
Última fase, um teste escrito de inglês. Confesso que sempre adorei testes de inglês e acho bastante mais fácil a interpretação e expressão escrita do que a expressão oral - se calhar é vergonha! Já se fazia tarde, trabalhava no dia seguinte e só queria voltar pra Coimbra. Mas lá fiz o teste e, tal como disse anteriormente, apesar de cansada, foi o que mais me deixou confortável. Teste feito, passei de novo.
Neste momento, verifiquei que das 300 iniciais, tinhamos passado 27 - ou 29. Trouxémos uns formulários pra casa e ficámos de preencher um questionário online.
A minha entrevista final era dali a dois dias.
No dia seguinte, trabalhava na Primark, e ainda havia tanto pra fazer...
Olá Joana, gostaria de saber que tipo de pergunta e questionário fazem para terem eliminado metade das pessoas. É o meu sonho ser Assistente de Bordo da Emirates, tudo o que puder saber antes é uma ajuda. Obrigada
ResponderEliminarOlá :) Tudo o que perguntaram eu já expliquei! Aquilo no início é tudo muito geral e tanto vês pessoas super giras e arranjadas a ficarem pelo caminho como vês também pessoas fluentes e de outras companhias a ficar pelo caminho. Alguns à primeira vista têm tudo e não passam nem na entrega do currículo. Basicamente o meu conselho é sorrir sempre!! O teu sorriso e energia positiva são os teus maiores aliados! Boa sorte :)
EliminarComo fizes-te para participar no Open day, é necessário alguma candidatura online ou que tenha de ser enviada por email, ou basta mesmo só aparecer no dia ? Obrigada *
ResponderEliminarOlá Daniela :) Já vou escrever sobre isso!!! :) Beijinhos
ResponderEliminarOlá Joana, o teu open day foi a um sábado pelo que vi, a tua entrevista final foi uma segunda ou terça?
ResponderEliminarOlá Joana, como está a correr?
ResponderEliminarVou ter o meu OD dia 9 deste mês e por acaso encontrei o teu blog.
Estou muito muito nervosa, mais alguma dica? (para além de um sorriso e muita superconfiança?)
Olá Joana! :)
ResponderEliminarVou tentar a minha sorte dia 14 de janeiro, estou suuuuuper nervosa, mas o teu blog tem-me ajudado imenso!! Obrigada!!
Só queria fazer duas perguntinhas, relativamente ao questionários que eles entregam logo mal chegas, nao percebi bem que tipo de perguntas tem lá? e é sobre esse questionário que eles fazem a tal primeira pergunta de que falas?
E o questionário online que tens que preencher apos passar as fases todos e pré entrevista final, é sobre esse questionário que podem insidir as perguntas da entrevista? são perguntas pessoais e assim?
Desculpa estar a chatear mas toda a ajuda é bem vinda!
Espero que a vida no dubai e na emirates continue a ser de sonho!! E espero que esteja a correr tudo bem :)
Beijinho
Ana Cruz
Olá Ana!
EliminarPor favor entra em contacto comigo através da página do facebook do blog! Terei todo o gosto em responder-te :) beijinho
Só li isto e fiquei logo estátua era o que a minha mãe me disse sempre. As tatuagens pircings etc. Mas o que eu tenho mais medo é de nao conseguir o inglês sou pessima a ingles mas acho que consigo melhorar ate isso acontecer espero eu e espero que um dia possa a ter a opurtunidade que tu tiveste. Muitos parabéns
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