terça-feira, 29 de setembro de 2015

Menos 30

Já só falta um mês.

O tempo passou demasiado depressa por estes lados e a cada dia sinto que lá, vai passar devagar. Hoje chegaram imensos artigos de Natal à Primark e, como eram do meu departamento, tive de os colocar em loja. Começo a aperceber-me que não vou passá-lo cá. Eu que nem ligo ao Natal, que quase não festejo o Natal, apercebi-me que não estarei cá a comer bolo rei, nem tão pouco estarei cá na passagem de ano. Será possível eu ainda não ter saído de Portugal e já estar com saudades? 

E porque é que vos falo destas coisas hoje? Porque hoje, este post é dedicado à amizade e a como um amigo consegue fazer com que nos sintamos melhor mesmo com as adversidades da vida. É normal em mim dar-me bem com toda a gente mas não é, de todo, normal encontrar alguém que do nada passo a valorizar muito. Quando tive a entrevista final, fui abordada por uma rapariga no sofá do hotel. Falámos uns minutos, conversa de circunstância, e nem me lembrava mais do nome dela. Gostei dela por me parecer uma pessoa super despachada, assim como eu. Ou mais ainda. O tempo passou e fui adicionada ao grupo do Facebook, que já falei, por uma rapariga que eu conhecia que também ficou nos finalistas. Aí começámos a perceber com quem nos conectávamos mais e eu, sem dúvida, senti demasiada empatia por três ou quatro pessoas, entre elas uma rapariga: a Diana. 

Um tempo mais tarde percebi que a Diana de quem falo era a mesma rapariga da entrevista final. A Diana é alguém que eu gosto imenso mas que não tem nada a ver comigo. E é exactamente isso que eu gosto nela. Não tem amarras. É livre. E gosta de o ser. A Diana é o todo de uma parte que eu procuro ser também. Não que queira ser livre, porque sou. Posso sentir-me grata por saber que ao meu lado só tenho pessoas que me ajudam a procurar a minha liberdade e a minha felicidade todos os dias, e que me apoiam não importam as circunstâncias. Mas ela... Todos deveríamos sentir-nos connosco mesmos como ela se sente com ela. Já sorri muito com ela, já sorri muito por causa dela, e também já chorei muito com ela ao telefone do outro lado. E ela é alguém que me tira a razão quando eu na verdade não a tenho. Ela faz-me ver o outro lado da questão quando eu às vezes não consigo. Ela ensina-me todos os dias o quanto é importante valorizar quem somos e não desistir do que sonhamos ou do lugar onde a vida nos colocou. Tudo tem um propósito, mesmo que não saibamos qual é ainda.



Hoje, a Diana faz anos. E está de parabéns. Não só pelo aniversário mas por me fazer pensar no que devemos pôr em primeiro lugar, quem nós somos. E eu sei, sim, que se me puser em primeiro lugar, vou conseguir proporcionar aos que coloco em primeiro lugar juntamente comigo, algo melhor no futuro. A Diana vai viajar para o Dubai antes de mim, daqui a menos de duas semanas. 

Parabéns Diana.
E boa sorte no teu caminho.
Não tarda já nos encontramos. 

1 comentário:

  1. Tenho-te no Facebook e por lá conheci este diário. Tenho a dizer que é um Excelente blog. Interessante maneira de escrever na qual por vezes me identifico. Continua :)

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